sexta-feira, 27 de abril de 2012

Festa das Cruzes - Barcelos


Uma das maiores festas populares reside no Minho, mais concretamente no concelho de Barcelos, sendo que no final de Abril e princípios de Maio a Festa das Cruzes movimenta mares de pessoas que procuram animação, festa e alegria.

Mas muitas poucas pessoas conhecem a origem da festa das Cruzes. Na verdade, a sua origem remonta ao início do século XVI, onde no ano de 1504, sob o reinado de D. Manuel I, numa sexta-feira, dia 20 de Dezembro, por volta das 9 horas da manhã, quando o sapateiro João Pires regressava da missa da Ermida do Salvador, ao passar no campo da Feira, observou na terra, uma cruz de cor preta. Como não quis guardar só para si aquilo que considerou ser um sinal sagrado, alertou o povo que depressa veio ao local.

“A cruz apareceu sob a forma de uma nódoa negra que ia crescendo até se formar uma cruz perfeita em que a cor não ficava só à superfície mas penetrava em profundidade na terra – por mais que se cave, sempre se acha.”

Este facto que recorda a “Cruz do Senhor Jesus”, fez nascer a devoção ao “Senhor da Cruz”. Primeiramente, surgiu um cruzeiro em pedra, logo em seguida uma ermida, para dois séculos mais tarde ser construído um magnífico templo, que hoje é o epicentro da Festa das Cruzes.

Até ao século XIX, as festas tinham essencialmente um cariz religioso; aí acorriam centenas de romeiros, não só da região de Barcelos, mas de todo o país e da vizinha Galiza. No Século XX, à essência religiosa foram-se adicionando elementos de características profanas, bem visíveis no aspecto lúdico: carrocéis, barracas de diversão, corridas de Cavalos, espectáculos de circo, fogo de artifício, cortejos etnográficos, torneios e concursos, entre muitos outros acontecimentos de natureza Popular.

E assim, e até hoje, a Festa das Cruzes ganha cada vez mais cor, ganha cada vez mais adeptos, animação... mas infelizmente para mim, eu ganho falta de estacionamento, stress, confusão e falta de paz e de sossego! E a juntar a esta festa, ainda temos a semana da queima do IPCA - Instituto Politécnico do Cávado e do Ave a decorrer.

Quem quiser vir ao Minho, e conhece-lo, é vir a Barcelos! Para mim, fujo desta santa terra à procura de paz e sossego para laborar com qualidade e produtividade! Pois dizem que é o que falta ao nosso país!

Sejam Rebeldes, Sejam Felizes!

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